domingo

The Bs.As. Sessions Vol. 1: domingo en la feria I

Idiotango

Tentamos o ônibus para la Feria de Santelmo, mas o motorista nos enxota porque, além de demorarmos a subir e fazê-lo pegar o sinal vermelho, não temos moedas trocadas ou la boleta (e nem sabíamos que era para ter). É o favor que os idiotas nos fazem às vezes. Tomamos um táxi, chegamos em 10 minutos, quase o mesmo preço de três passagens de ônibus. O lugar está cheio de gente, turistas para todo lado, brasileños acá e allá. A idéia de comprar uma garrafa antiga para servir a soda que os portenhos tanto usam vai por água abaixo quando percebemos que é a miniatura do Cristo Redentor local.




Paro numa banca de artigos de guerra. Vários bottons nazistas, fascistas, fotos de Hitler. Fetiche infantil e estúpido ou fanatismo racista? Lembro do prato nazi em “Beleza americana”. E também do livro de Goñi sobre o contrabando de nazistas para a Argentina negociado entre Perón e o III Reich em queda. Deixo a banca e seu dono, um velho pequeno de feição intransponível (seria ele um ex-SS? Alguém se torna um ex-SS?), pensando na hipótese de Tardewski sobre o encontro de Kafka e Hitler em Praga e em seu ataque contra Heidegger (o homem que colocou na filosofia alemã a sua touca de dormir kitsch, diz Reger, escreve Bernhard).